quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

...um fim...

Acabou sem ter começado mas da mesma forma que se iniciou.: junto ao mar, em quarto crescente e num quarto de um hotel.
Fui como da outra vez, de sorriso nos lábios, de coração alvoraçado, cheia de reticências e com muitos pontos de interrogação a quererem transformar-se em exclamações, vírgulas e até uns aceitáveis pontos e vírgulas. Depois de muita explicação...rumámos sem dúvida até ao ponto final.
Esmoreço na praia, sinto-me a náufraga que desistiu de ser salva e se entregou (sem forças para mais) à força e direcção da maré. Desisto de lutar pelo que não quer ser construído. Resigno-me à condição de ex.lutadora e desafiadora de destinos.
Volto de lágrimas nos olhos e cansada. De coração agastado e triste. Não estou zangada, não guardo rancores e raiva não sinto. Cheguei a pensar que sim, que era capaz de voltar atrás, agora que cheguei e desfiz o saco, agarro-me com orgulho às migalhas que não deixei, à cicatriz que (já) começa a nascer! "O orgulho às vezes é a única coisa que nos resta"-aprendo até no final.
Guardo o que sempre me fica. o cheiro, a tua pele e o teu toque, os brilhos que não aceitas dos teus olhos, quanto mais dos meus, as conversas e as gargalhadas, as partilhas e os sons
que só eu, tu e aquela família do quarto ao lado poderão algum outro dia, nalgum outro lado reconhecer!
"Cabrão..."
"Anda vá..."
"Dá-me..."
"Sentes? É bom?"
Para Suposição (futura): Maybe not today and maybe not tomorrow, but maybe one day we'll be O.K!

1 comentário:

Abssinto disse...

Fica tudo gravado, em alto ou em baixo relevo, mas fica! Gostei deste cheiro a mar.