quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

época de um balanço qualquer

Ora por onde começar???
Desilusão parte1
Não sinto nada. Não consigo sentir nada...curiosamente estou bem assim, insensível, numa espécie de redoma frígida sinto-me segura!
Ando na minha vida, riu de pura alegria e choro de tristezas miúdas, nada de grave. Curiosamente prespectivo e qaté comento que esta calma não durará muito...nunca dura...
Desilusão parte2
Aparece um ele que quer que eu sinta e eu contra todas as expectativas...protejo-me e digo que não. Não, não quero filmes, não quero perder um potencial amigo, não me quero magoar, que não, que não aguento mais nódoas nem negras nem roxas, deixem-me neste canto...Ele avança, que sim, que quer e que gosta, que está cá para mim e para um nós(!), que me ajuda, que não me devo fechar assim nem proteger tanto, que sim e que sim...
Desilusão parte3
Afinal sinto e gosto de sentir, o sexo é bom e a convivência também. Parece que encarrilhei numa aprendizagem a dois e não é que é bom ter alguém com quem partilhar mais que um preservativo gasto? Afinal ainda sou humana e sei confiar...
Ups...
Desilusão parte4
Ups...o rapaz estava confuso...colocou-me uma casca de banana à vista e no meio da minha estrada, dela me avisou...e eu...eu fui até lá só para me atirar ao chão outra vez com a desculpa de que alguém me fez escorregar! Afinal ainda sinto, há nódoas que são mais roxas e negras ou até mais para o azul, os amigos quase se ganham e se perdem...

Conclusão: estamos num fim de mais um ano e eu...também!

Vida real


Directo:vamos foder?

Literário:como te sentes?Estamos em tom de foda?

Heróico:agora fodia-te toda!

Inseguro: epá, não sei, podíamos agora, assim, se desse, se quisesses...o que achas?...ahmmm ok?Talvez?

Fantasioso:vamos fazer-nos naquele wc?

A minha favorita: 'bora?

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A tua musica II

Este gajo é demais! Continua a ser demais de tão equilibrado nesta altura de qualidade na qual toma pontos e sombreados de quase perfeição. Aos meus ouvidos claro.
Não sei como dizer isto da forma em que se possa tornar mais audível do que aquele obrigada que só nos consegue tocar quando se consegue mesmo ver o entreaberto dos lábios, a saliva e a ponta da língua quase a aparecer mas já desaparecida. Obrigada!


Esta banda sonora para hoje é aquela do nosso primeiro dia lembras-te? Foi o nosso primeiro amanhecer. Estavas linda se bem me lembro, bêbeda, sem cigarros e eu que não fumava a tua marca e tu que não fumavas mais nenhuma, estavas a ficar rabujenta e tão frágil, a pintura já meio desbotada deixava aparecer as pequenas imperfeições da tua pele que se as detestas só te dão o toque perfeito da humanidade da qual pretendes sempre fugir.
Não, não digas nada, deixa-te estar. A não ser que precises de alguma coisa...queres água ou precisas dos óculos? Não...então deixa-te estar e ouve só...estas são do "1970", o primeiro encontro também com ele. Depois querias que fosse sempre este o cd. Querias que tocasse quando estávamos na cama; Nunca to disse mas morria de ciúmes. Aguentava porque de ti é quase tudo o que sempre aguentei e depois, já dizia a minha mãe ao me pai" o que você me pede sorrindo que eu não faço até chorando?" Nunca te falei desses ciúmes nem dos outros. Sei que gostaste de mim porque sempre fui ausente, intocável a essas humanidades que consideras apetecíveis e tão inibidoras do amor. Por isso sempre os senti mas nunca tos mostrei. Também querias ouví-lo depois de fazermos o amor e não durante. Durante era a ti que te ouvia e por isso deixava que a seguir fosse a música dele que te fizesse brilhar mais os olhos. Chegaram a conhecer-se vocês? Falaram? Ele chegou algum dia a tocar-te, a cheirar-te? Sabes que cheiras a especiarias e os homens que gostam de viajar ficam loucos porque se lembram logo que podes ser bem o símbolo de paragens distantes e no entanto estares assim tão perto, tão sentida e pronta a ser magoada! Não abanes a cabeça, ainda cheiras assim...
Vou trocar o cd sim? Vou pôr o "Boato". Não estava ja contigo neste álbum? Não andávamos já de mãos dadas na rua? Não suspirávamos juntos já?....não...ainda não!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Solidão ou insónia

Ainda não percebi bem a diferença e sei que há muitos pontos em comum...
Quando parece que estão todos a dormir, até o mundo...é quando ando acordada a sentir-me mais a sós.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Não quero ser mãe porque...

*há gente a mais no mundo
*há gente a mais no meu mundo
*não me julgo capaz de educar um ser humano
*não me julgo capaz de educar bem um ser humano por mais que umas horas por dia
*não penso ser capaz de assumir um compromisso assim
*não ia suportar assumir um compromisso e não estar à sua altura
*o mais certo era "matar" a criança...de mimos
*o mais certo era "matar" a criança em defesa própria
*o mais certo era se a criança não morresse antes da adolescência...matar-me de remorsos, de culpa ou de acusações nessa altura
*tenho medo
*tenho medo de mostrar medo
*os pais não devem mostrar que são humanos e que não se sentem bem com essa condição
*os pais não devem ter problemas com eles e com o mundo e com o mundo deles
*os pais devem ser capazes de ter medo
*os pais não podem ser egoístas
*os pais devem ser capazes de amar-ponto final.
Ah! e porque não quero!

Overlap


Agora sim parece estar a chegar a primavera, os dias de sol e o tempo ameno, que apetece envolver-nos numa camisola mais "fofinha" e deixar-nos escorregar para debaixo de uma mantinha ao por do sol e de chávena de chá na mão...ou de cerveja! Ando mais para o confuso e menos para o raivoso e é menos incomodada que troco as folhas do calendário à espera...na esperança que um avançar qualquer de tempo me traga a fuga às decisões.
As borboletas parecem mais bonitas, a manhã na praia de Faro até dá vontade de não ir trabalhar! Ando bem por aqui sozinha. Continuo perdida e atrás de uma ilusão qualquer mas mais calma. As duas pegadas que ficam na areia não me parecem tão mal assim.
O sexo ou a falta dele é que é pior. Leva-me a considerar pilas como apetecíveis...daquelas que não se devem...desejar!
Ando sem paciência para o depois e muito menos para o romantismo (esperado) do antes. Sexo por sexo, com a pila e seu portador e acrescento cerebral...já me complica muito a vida. Ok volto à masturbação e deve ser por isso que ando menos perdida por aqui...já sei onde como e o que fazer comigo. Depois...sobra o que já havia antes: solidão e vontade de partilhar...mas pouca coragem.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Acreditas?

Não se pode mesmo confiar nas mulheres. São umas falsas e umas vendidas, umas cretinas que se deixam levar e enganar quando não são elas a enganar e a fazer-nos vender e entregar alma e o resto que vem junto: carteira e corpo incluídos.
Em troca de suspiros e de líquidos corpóreos que se podem pagar para obter sem sentimentos e complicações à mistura deixamo-nos filtrar e enlear por vozes, sons, frases ou dons que cada uma transporta para no final tudo esmorecer ao fim de tempos calendarizados para e por todas!
Rapidamente passamos de entesoados a enfastiados por um corpo que já sabemos de cor como e para onde se mexe, como e a que tempo se vai pronunciar e porquê e ai de nós (que sugestivos que poderíamos ser!) que tentemos mostrar que somos o que somos :homens que são/foram/estão/estiveram enamorados e capazes de amar/ter amado aquilo que passa a figurar como um FARDO ( e verdade seja dita, muitas vezes até de forma literal!)

Não percebo as mulheres e nunca hei de percebe-las. Enervam-me e chateiam-me com todos os seu joguinhos e melaços carregados de fel e que encantam os homens. Assim despidas e encantadoras prometem o amor eterno carregado de prazeres momentâneos para depois ser tudo uma espécie de maquilhagem com efeito duradouro...e sem desmaquilhante à mão aceita-se o que ali está como sendo o verdadeiro.
Tenho inveja do efeito da sua capacidade de sedução e de mentira.
Sinto-me inferiorizada sempre que se apresentam capazes de fazer um par de olhos brilharem de borboletas que lhes batem na barriga e me piscam o olho em tom de sussurro: este está fisgado!

Deitas-te assim em tom de convite e deixo-me levar como um tolo que vê uma mulher nua pela primeira vez! O teu cheiro e as tuas curvas, a forma como sei que saio do quarto e tu te deitas, como sabes que é assim que mais gosto de te ver, que te pões em pose em que finges um descuido que nunca em ti poderia existir...o pé no ar, a mão ligeiramente afastada demais, cabelo sobre o rosto ou o lençol que deixa sempre algo "a mais" à vista! Sei que me enganas destas formas todas que vocês mulheres vão aprendendo, se ensinando e passando essa sabedoria toda que nunca cabe numa só...e um dia dir-me-ás: quero ser mãe de um filho teu e tudo vai acabar nesse momento porque eu no fundo só te vou querer poupar e tu não vais perceber que seria só mais uma mentira a tornar isto tudo que até agora foi tão falsamente transparente numa farsa! Ah! E com um puto!

Procuro acalmar-me e pensar que sim, há saída ( de emergência?) para isto em que não me insiro. Sou mulher que gosta de homens e não passo de um homem num corpo de mulher que gosta de homens? OU sou uma mulher com mentalidade de homem num corpo de mulher que gosta de homens? Não percebo se há mesmo essa história de que sim que há uma vez em que há a dita felicidade. Percebo que não preciso de um homem para ser totalmente feliz mas que estar com um gajo às vezes ajuda muito. Não percebo se há homens que não querem ser enganados, se ainda há homens, se haverá uma mulher que me digá que eu não tenho que mudar e nem tente ensinar-me uma das tangas que já a levou a ser um convite e a ter um daqueles vinte monumentos que eu queria ter convidado a acordar ao seu lado e não ao meu.., se não fosse a merda de ele querer uma das outras mulheres, das que enganam...acreditas?

domingo, 4 de outubro de 2009

A tua música

Voltei a cantarolar-te e a imaginar como será que foi que isto aconteceu! Lembrei-me do toque da tua pele e do esgar da tua expressão incomodada pela traição a que o vento te impôs quando o fumo do cigarro te beijou os olhos enquanto me devolvias o isqueiro. De comeres à pressa e de só querer uma imperial que não fosse Tagus, uma música para recordar e outro Marlboro para acender(-te). De pensar que o silêncio ali seria menos constrangedor que as palavras que eu vomitava e me sabiam mal porque até a mim me confundiam.
"Olá eu sou a ..."
Do que mais gosto na tua música é do facto de estar catalogada no meu e pelo meu computador como "género desconhecido"! Assim como tu não há gaveta nem adjectivo para a dita sonoridade que quase me engana e me faz (re)começar a falar (sozinha) a pensar que estás aqui. Quase que sinto os teus lábios (carnudos e desenhados por uma qualquer mão) meio húmidos meio molhados a dar para o quente, mais quentes que a minha pele a desembuchar o que te faz fazer música. Quase que a tua voz é captada pelo cérebro como se fosse mesmo para mim...
"Deixa-me provar o sabor dos teus lábios, será que são de vinho será que são sábios, experimentados, será que sim, será que não, será que são, será que estão?"
Eu deixo e tu, deixas?
Quase que ainda me lembro que os teus olhos são verdes mas depois mesmo que não sejam não é a cor que me chama a atenção, nunca foi, não percebo porque se diz que o tamanho não interessa e nunca se pensa em dizer que a cor não interessa! Interessa-me muito mais o tamanho que a cor! Não gosto de coisas excessivamente grandes, nem pequenas, deve ser a única coisa em que sim, sou do meio termo!
A minha psiquiatra ficaria orgulhosa. Não lhe digas é que é de ti que falo e sobre ti que escrevo que ela ia confundir e misturar tudo outra vez com a explicação de que vivo rodeada de fantasias que não existem apenas para me provar que a realidade é má e chata, que as impossibilidades com que sonho (e colocar-te-ia como uma delas!) são meros argumentos para me sentir viva , que no fundo não evoluí mais do que substituir a auto mutilação por ti e pela tua música!
...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Nem sei


Não sei se te diga se te conte. Sei que calada não poderei ficar por muito mais tempo porque é calada que me tenho sentido mal e sem saber como te dizer o que tenho p'ra te contar...calo-me e...dói!
Começa a comichão na garganta e vai não vai está quase. As palavras alinham-se mental e depois anatomicamente, assim em fila indiana e de mãos lavadas; até parece que trazem pontuação atrás.
Sei que nunca mo perguntaste e que não desencadeaste este "sufoco" em que me calo, vejo e sinto.
Quando já não aguentei mais falei, nem disse o que queria mas foi o que disse e assumo e pronto.Tanta palavra bonita, tanto que me orgulho do vocabulário que vou acumulando...para no fim saírem-me 4letras e ainda por cima feias que ficam assim juntas!
"Baza!"

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sopro daqui

Hoje comemoras mais um aniversário e se não gosto de comemorar o meu...o teu era com agrado que partilhava. Essas 24horas com teu nome seriam destinadas ao prazer. Do amor e da CARNE, da comida e do vinho, com drogas ou com desporto, com beijos ou abraços. De tarde ou a jantar já numa madrugada que se fazia só tua...haveria um fado dedicado a ti, um aplauso mais forte que o teu nome e para terminar, os teus amigos, mais ou menos convencionais, mais ou menos loucos, a provar que até nisso somos de uma semelhança díspar que se completa(?)
Esquece o resto, esquece tudo, só queria dar-te os parabéns e dizer que tenho saudades tuas, as de sempre e para sempre: do fim dos tempos ao fundo dos mares...parabenizo-te!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

São fases e fases III

Portanto...andas na merda e depois vem uma coisa que se chama instinto de sobrevivência que te grita aos ouvidos: ACORDA! e começas a dar valor ao que antes não fazias por estares com o gajo que te deixou na tal merda que falávamos à pouco. Lembras-te de como era estares a sós e gostares dessa sensação e pronto...bola para a frente até à terceira e última fase deste ciclo:quero voltar ao mesmo...quero sentir igualmente as outras coisas todas acerca das quais já me queixei e fiz alguém queixar-se..são fases de humanidade até o ciclo se reabrir.Bora lá outra vez!?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

São fases e fases II

Segunda fase.
Acordas diferente. Naquele dia acordas diferente.
Há o mesmo pestanejar e esbugalhar de sentidos que estiveram adormecidos durante as horas em que o comprimido para dormir fez efeito. Mas há um sentir de acordar diferente.
Há o banho e o pequeno almoço, a casa desarrumada e os papéis acumulados que neste dia olhas: publicidade, contas, mais publicidade e mais contas. "Afinal o mundo ainda não mudou..." tentas convencer-te.
Sair de casa, com o cão ou sem ele, ir ao supermercado, passar pela reciclagem, levar um livro ou comprar um jornal e lê-lo num café, esplanada ou restaurante.
Ir às compras, ao cabeleireiro ou ao café jogar snooker, beber uma mini ou telefonar a um quase ex.amigo para uma conversa em que quase nem se toca no outro assunto que traz outros sentimentos aos quais se ganhou uma alergia (senão um vómito associado enquanto reflexo condicionado).
Alugar um filme ou ir ao cinema, passar ao museu sem fazer o caminho que antes se fazia de mãos dadas, parar na zona da cidade não aconselhada a ir a sós e provar que sim, consigo aviar-me e encher a cabeça sem ti...também tenho contactos que não devia ter...
Há uma exposição nova mas ainda vai demorar a ir embora da cidade por isso vou só deixar na cabeça que há uma exposição nova a ir ver, hoje há o concerto que tu querias ir ver e com ele nunca o verias porque ele "nem sequer o esforço de o entender quanto mais perder tempo a ir vê-lo" contigo (ecoa a sua voz na tua cabeça):fazes-te de muito mais interessada que o normal, absorves todas as notas e quase que te sentes bem naquele papel fingido mas assumido como diferente...Parece que hoje há uma diferença, parece que a diferença é que hoje acordaste.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

São fases e fases


Fase 1- Acaba tudo quando afinal já tinha acabado havia muito e muito tempo. Pronto eu acrescento o oficialmente que não interessa a ninguém visto que o que realmente interessa ou devia interessar é que já não se sentia nada ou só se sentia muito pouco e "só" isso deveria ser o bastante para oficiosamente se perceber...mas não. Não passamos de uns masoquistas e pior: sádicos porque só gostamos de partilhar mesmo é o sofrimento...bora lá então! Chega-se a um ponto e acaba-se o que já acabou, portanto sofre-se. Esta é a palavra mágica da primeira fase: sofre-se.
Não adianta dizer-se e ouvir-se que sim, que foi o melhor que se fez, que nos podia ter acontecido, que já não havia nada. Não adianta nada lembrar-nos que isto foi tudo muito à pressa e que uma coisa assim sem fundações e sem alicerces, construída e reforçada apenas de um lado...que uma relação é mesmo assim, como uma construção arquitectónica (arrojada ou não), em que é mesmo indispensável a entreajuda e parceria entre o engenheiro civil e o arquitecto. Já escrevi que a palavra passe desta fase é a da família do sofrimento? que não adianta nada dizerem ou mostrarem por a+b o que quer que seja? Pois é assim...que começa ou acaba (depende do ponto de vista) o círculo emocional em que se experiênciam as relações. As outras? As que não começam depois deste fim ou que não acabam assim são as que ainda não fecharam o círculo...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

realismo?eu consigo!


A "minha" cidade já não é segura. Sabia que iria chegar o dia ou a noite em que admitiria isto mas sempre pensei que o escrevesse à distância, tipo: contaram-me que aconteceu isto em tal sitio e pronto, nem X é seguro! Mas ser eu a viver aqui e a admitir? Pois não esperava não...tantas historias e tantos exemplos depois e só quando chegou a mim...o ser humano é um bicho muito estranho e por cada noite em que durmo de janela aberta e adormeço de porta destrancada não sei se me coloco em alvo/ponto de mira ou me afasto de vez disto que é sentir medo ou falta de protecção...desisto!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Solidão embrulhada

Vi a minha solidão à venda numa montra da cidade. Na baixa da cidade. Lá estava ela, de preço branco colado na frente, "c/Iva" dizia e eu fiquei: a sentir o sol a queimar-me os ombros, a cadela a puxar-me para a sombra e sem conseguir aceitar que ela estava ali...à vista de todos e de nenhuns porque a solidão não se mostra e nem se põe a gritar que ali está, praticamente nua e à venda.
Sabia que era questão de tempo, como com os sapatos de pele. Podemos dizer que o bicho já está morto mas a compra de mais um par abre "aquele" espaço na prateleira (que nesta sociedade de triplos lucros) para ser preenchido. OU seja, eu sabia que e a tirasse dali ela seria igualmente substituída por outra mas ao menos não seria a minha...a minha já a trazia eu.
Foi o raciocínio que bastou! Entrei na loja que será a dona da montra onde a minha solidão estava exposta e coomprei-a. Pedi apara embrulhar e colocar um laço...na segunda feira, data em que faço 30 anos vou oferecer-ma!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Entre uma ? e uma resposta


Há perguntas que não me saem da cabeça mesmo antes de conseguir alinhavar as palavras até ao momento em que se coloca o ponto de interrogação.
Ainda estão todas empoleiradas umas nas outras...e já andam a saltitar e a moer-me o juízo! Passam por um processo de "empoeiramento" e depois de polimento. No fim de umas horas ou dias acabam de se endireitar e lá sai a questão.
Andam assim também as pessoas e as suas relações, ou pelo menos as que me rodeiam...andam e amontoam-se mais ou menos literalmente, algumas horas ou dias depois estão mais ordenadas, mais sóbrias e lá vai da pergunta...muitas perdem-se pelo caminho e entre o empoleirar e "deslargar", entre o polir e deixar na prateleira a modos que a ganhar pós...mas sem se tirar os olhos de cima não vá outra passar à frente...entre o adjectivo e o nome cabe sempre mais qualquer coisa mesmo que "agramatical" e quando chegamos ao fim da frase há o ponto de interrogação mas a solidão também continua lá.
A quem entregas a tua solidão?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Também gosto de ti


Então ele era assim: giro, os nossos olhos sempre comunicaram mais que o resto até porque nunca nos tocámos muito com medo do que viesse a seguir. Digamos que sempre houve tesão entre nós. Mais ou menos da minha altura, mais ou menos tão louco como eu, mais ou menos tão bêbado que eu...cabelo curto mas sempre com uns "cortes estilosos". Antes ele usava anéis e brincos e um fio ao pescoço (acho eu...não tenho a certeza!) mas depois disse que se andava a enfeitar para se esconder e que já não o queria. Detestava-se demais para se arranjar.
Já disse que sempre o achei giro? Sempre gostei da voz dele e dos abraços dele, assim meio desajeitados tipo "vou abraçar uma mulher mas espera que ela é a amiga não é uma mulher que se demonstre abraçar como tal", dos beijitos que me dá e lembro-me dos boxers que tinha vestido numa noite de uma passagem de ano em que dormiu na minha casa e na minha cama e nem aí nos chegámos perto...nada! As mãos dele? Ele antes mexia-as muito, esfregava-as muito e punha um dedo de vez em quando na boca não sei se roi as unhas,tinha umas costas que apeteciam e uns ombros bonitos.Já disse que ele é dos meus escritores favoritos? Escreve bem, muito bem, escreve com a alma de quem sente e o cérebro de quem sabe.É o meu orgulho esta amizade que sei que nunca estraguei com um ou dois orgasmos.

Andámos no parêntesis de sermos amigos. Amigos e amigos que partilhavam histórias e bebedeiras e corações partidos porque ele andava a recuperar de uma relação da qual nunca recuperou porque ainda hoje em dia vive com ela e nao em termos metafóricos...ele não vive com a recuperação mas sim com a pessoa com quem teve/tem (nunca percebi bem) a relação amorosa. Eu andava nas nuvens por causa de um beijo dado a não sei quantos mil pés em pleno oceano atlântico e queria mais mas o outro gajo não e então eramos "amigos de coração partido "e com uma vontade imensa de curar as feridas que tínhamos com as lambidelas um do outro...mas eramos amigos.

As noites passavam e as conversas e os cigarros também. Tínhamos deixado os dois de fumar ganzas. A vida de repente fechou o nosso parentesis e ele voltou a reatar a relação do coração partido e como a dita namorada nunca simpatizou comigo, então ele escolheu o amor e a relação e eu, a amiga das bebedeiras e do coração partido ficou para trás.
Ocasionalmente encontramo-nos. Ele está com ela e ela olha-me de lado. Eu faço de conta que não percebi que me olhou de lado e dou-lhes o meu mais sincero sorriso. Não o cumprimento com 2 beijos na presença dela...
Tenho saudades mas não mudava nada.
Obrigada



(Tinha este texto em rascunho para publicar e ontem o meu amigo apareceu...acrescento:)
Ocasionalmente ele aparece sozinho...e voltamos aos amigos de bebedeira.
Dá-me beijitos, lembra-me que é mais ou menos tão louco como eu, tão díspar como eu mas mais acompanhado na sua solidão do que eu.
Lembra-me que sou bonita que tenho muitas qualidades e que ele é um dos que sim, que as vê, que não anda tudo cego.
O alcool começa a fazer efeito e já não nos olhamos tanto, já nãos nos encaramos e já me habituei e já nem estranho.
Somos dois amigos que só dizem gostar um do outro e se pedem perdão mutuamente assim...de vez em quando e em ocasiões especiais.
Não me esqueço de ti
Também gosto de ti

Escrevi um dia (há muitos anos) um texto para ti e muito melhor do que este até porque no outro blogue corria sérios riscos que tu o visitasses e até comentasses por isso me aprimorei...aqui deixo as palavras ganharem a vontade de se juntarem umas a seguir às outras e saem assim, mais confusas e mais reais. Estou mais velha como tu e ainda sinto o mesmo. Vamos equilibrando este ser velho que sempre fomos neste corpo que também vai chegando a outras idades...um dia voltamos a ser amigos.
Adoro-te.

terça-feira, 21 de julho de 2009

E agora.....................

Andei a ler coisas escritas em formato papel, leia-se à mão...e outras guardadas n'"os meus documentos", leia-se aqui no computador e encontrei um texto de 2002...estava feliz. Chorei ao ler-me não pela qualidade do texto, que nunca lhes descubro qualidade nenhuma mas sim pela sequência de palavras e de sentimentos evocados ser absolutamente irrepetível nos 7anos seguintes.
Apercebi-me que há muito muito tempo atrás era uma vez uma menina que pedia desejos e emanava luz. Mesmo quando lhe desligavam as estrelas e lhe tapavam a lua ela conseguia sonhar e ver além do que lhe tinham tirado. O pouco parecia sempre mais e o mais que tudo nunca era suficiente para satisfazer tanta vontade de ser feliz.
Essa menina reclamava sempre de andar sobreviva e só buscava o que era viver.
Encontrava ocasionalmente essa sensação e explorava-a até esgotar-se a vontade e saciarem-se as forças dos corpos movidos apenas a batimentos cardíacos.
Descobri e lembrei que essa menina fui eu...continuo a reclamar de estar viva mas a minha luz fundiu-se...

Um nome

Um nome não passa de um nome...dão-no-lo, é-nos dado e no entanto há tanta energia, personalidade e reconhecimento ligado a ele...
Detesto que me reconheçam, que me apontem o dedo ou os olhos a cada linha que passa.

Sou leitora e tento ao máximo não ligar à cara, aos gestos e às palavras de cada autor a cada entevista que vejo/ouço/leio. Se escrevo porque tem que ser também leio por isso e apenas com o objectivo de me dar prazer. Tenho pouco, tentei abdicar da escrita neste formato, deixou de me dar prazer. Apaguei o que achava ser meu mas que afinal já era mais dos outros. Para nada restar nada guardei...a não ser o nome, o meu, o que me deram e pelo qul me reconhecem, que agora nem assino para não voltar a ter o olhar reprovador ou aprovador. Para não voltar a ouvir escamotear ou teorizar acerca de...que sou mais simpática ou menos arrogante quando escrevo; que não me acham tã humana quando na minha presença...
Não me interessa...
é o Meu saco de boxe psicológico...
o que tem ter um nome ou outro??????????
Não pedi que me encontrem por baixo de nenhuma confusão ou fantasia em que vivo...
Leio, escrevo, comento...TEXTOS, não pessoas ou autores...

resumindo e concluindo...é um pedido porque não queria ter que apagar outro blogue...a sério que não chateio ninguém...sou só eu!

ReallY?


Diz que não...diz que andamos sempre em negação...como com o amor!
Acredito cada vez mais que a sua "personificação", leia-se a asua passagem do campo imagético e simbólico para algo que exista em alguém pertença da nossa vida só lhe muda o nome e tira a magia. Eu explico: conhecemos alguém, enamoramo-nos, tentamos a sorte e até somos correspondidos=amor...por enquanto! Pelo pouco tempo que vai "deste" ponto ao momento em que a resposta é afirmativa: É a tua namorada? Parou o amor...deixou de ser amor e passou a ...namoro...evoluirá ou não a casamento, divórcio, viuvez ou nova solteirice e assim...termina o amor!
O mesmo com a arte e a felicidade..eu o sol e tu a sombra. Eu a buscar-te e tu a fugires-me!
Em busca da felicidade o caminho que conheço é o da produção de emoções...se algum dia a partilho ou encontro com alguém...durante as horas em que dura nada mais há a produzir. Só a sentir o que lá está! A arte de ser-se humanos.
Voltamos a produzir no ocaso da felicidade.
Sim, concordo plenamente!
Será o bom artista aquele que consegue passar por cima disto ou aquele que se mantém fiel à sua arte (de ser triste)?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Vai à merda!


Sou super cuidadosa com doenças infecciosas e detesto irresponsabilidades.
Não questiono e nem admito que coloquem em causa a minha actividade sexual, é minha não? Mas sou muito cuidadosa. Tomo a pílula e uso o preservativo. Não confio em mim porque hei de confiar nos homens com quem durmo? Gosto de sexo. Não lavo a minha roupa interior na máquina de lavar roupa. Lavo-a eu, à mão, à parte do resto. Com sabão neutro. Sou um boacado neurótica e vejo o que as raparigas que me rodeiam sofrem com infecções urinárias e afins. Tive uma e não quis repetir a dose. Comecei a sentir-me estranha e pensei logo no (cabrão) do Karma a atacar-me por ter ido para a cama com um gajo sem preservativo. Grávida não estava portanto...o que se passa aqui em baixo? Semanas depois de espera para ir ao médico, 3horas na sala de espera, uma conversa e um exame pouco agradável...nada excitante e muito menos erótico...resultado=
escherichia coli.
Pior...telefono ao gajo a contar-lhe e ainda fico com a sensação que ele questiona o facto de eu ter isto, de poder ter vindo dele, de ele também poder ter...ou seja, nem a merda de uma bacteria ele quer partilhar comigo!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Ai......................

Obrigada.

Bati no fundo?

Estou a começar a voltar a sentir-me bem! Não me lembro de um único pesadelo que tenha tido de ontem para hoje e deitei-me quase...quase sóbria!
Não me apetece ir à praia e nem andar pela cidade...apetece-me abrir o livro que está quase a meio e continuar a viagem, do meu quarto, de luz acesa em pleno dia e de cigarro na mão.
Acho que sim, que me estou a voltar a sentir melhor!

terça-feira, 7 de julho de 2009

H U G


Acredito que sim...que todos somos especiais ao ponto de sermos capazes de produzir e ser produtos de uma coisa boa e bonita chamada Amor.
...que nas camas vazias há mais interesse e cheiro de verdade que naquelas em que muitos corpos repousaram e é esse o meu primeiro pensamento: quantas costas por aqui já passaram?
...que os olhos falam e dizem mais que as bocas fechadas tentam calar e a verdade dos acontecimentos contradiz-me SEMPRE e eu, eu continuo a acreditar.
...que a culpa (porque há culpa?) é sempre minha, a deste lado, que não soube calar, tapar, resguardar e deixar crescer o que o meu corpo liberta a cada beijo, olhar, abraço e desejo consumado, que por aí é o caminho que não quero percorrer.
...que somos todos capazes e seres de medos, muitos, mas então porque há isto de querer mais e de sentir mais, o que nunca se alcança, porque se deixa dar e sentir se não para acordarmos um dia e chegarmos à conclusão (óbvia?) que isto só foi feito para encolhermos os ombros, contentarmo-nos com os blues que nos aquecerão mais as almas que o que o outro jamais poderá fazer.
Acredito que descobri a pólvora e como no resto...deste lado do rastilho não quero estar: o objectivo é o bastas-me e não o amas-me!
Também acredito que Há Um Gomo para cada boca e que o meu anda por aí aos tombos, tapado por uma casca ou envolto na sua nudez disfarçada...não gosto de fruta e passa-me tudo ao lado...
Quase que te peço um abraço..."Hugas-me"?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Anda tudo assim...

Anda tudo sem vontades e só sobra a que fica para o sexo porque não se comanda e nem se controla. Até se lhe deu a desculpa de ser vontade biológica.
Isto já não há sonhadores nem proactividade que escape. Está calor, andamos desmotivados e como precisamos de queixar-nos de algo...inventou-se disto!
Achei-lhe graça, identifiquei-me de algum modo.
Ando farta de me queixar, sou mais de agir sobre o que está mal e agora cada vez me ato mais e não podendo sair daqui...queixo-me enquanto rabisco mentalmente possíveis soluções para a minha precaridade...soluções In Loco...aceitam-se sugestões de soluções.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sabes quem sou eu?


-Sabes onde me encontras? Na esquina de um sorriso mais próximo...
-Onde fica isso que sempre que te procuro em vez das covinhas estás de lágrimas nos olhos?


Frases:Não te quero aborrecida, não te quero aborrecer, não te quero ver triste, não te quero assim...
Leia-se: só te quero bem disposta, em festa, feliz, como eu te quero ver...
A minha solução: não me aborreças, não me entristeças, não me deixes assim...
O meu problema: não te queres entregar, não queres sentir, não te queres comprometer...
A tua solução: faz-me um broche, dá-me uma queca, faz-me vir e dár-me-ás prazer...
O fim: compro-te uma boneca insuflável e voltamos a ser só amigos de copos!

Já não busco consolo no número de orgasmos que me conseguem fazer sentir...e vejo-me na mesma sozinha!
Já não peço os abraços que não me dão e muito menos os beijos no ombro esquerdo depois de "fazer o amor". Admito que o que me fizeram foi sexo e pronto...adormeço e acordo sozinha. Estou farta de ser (só) desejada.

domingo, 14 de junho de 2009

O meu domingo

Perdi uma amiga hoje de tarde quando soube que tinha morrido.
Deixou de respirar e agora só a sua aurea, quadros cheios de sorrisos e de música, de cheiros fortes mas sempre com qualidade e muito amor ecoam para sempre na memória...ela era assim: tinha forma de mulher atraente e sabia brincar com isso, mais ou menos a sério! Ela tinha nome que se lia de trás para a frente e de frente para trás porque não gostava de fronteiras e nem de bandeiras que demarcassem territórios que não pudesse pisar, tocar, sentir ou amar!
Já não a verei dançar nem cantar...os truques que sabia fazer foram com ela para (talvez) o único local onde alguma vez se encontra a paz e nunca se sente a solidão que nos mata um bocadinho mais todos os dias...
Despedi-me dela 2 horas antes da sua última respiração. Ainda a sinto....

Perdi uma parte de mim hoje de noite quando soube que o adeus está mais perto do que o próximo olá.
Agora? Tenho mais razões para (continuar a) não gostar do Domingo e mais medo de começar a não gostar da Segunda feira...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

manhãs

Há tardes que parecem manhãs de tão cansada que me sinto...há manhãs que são fins de tarde pela iluminação que se solta do que reflete ao sol de Maio...no fundo são só o início de mais um dia ou (mais comum...) o marco final de mais uma noite!
Nunca fui uma pessoa matinal...a não ser que ainda esteja acordada, aí estou normalmente de cabeça tão cheia que só consigo é estar muito bem disposta!
Posso escolher entre uma manhã ou outra?

domingo, 10 de maio de 2009

Já não sei de mais nada


A inconstância entre a busca de controlo e a insufciência de surpresas leva-me a pensar que ando a rodar em sentido contrário. Encontram-me quando me quero a sós e ando sozinha sempre que quero alguém com quem falar.
Um dia esbarro contigo numa esquina, peço desculpa e continuo na minha vidinha, na de sempre, só depois me aperceberei que me cruzei com o amor. Aqueles por quem luto...amigos ficam, conhecidos para a vida com saberes de mim que outros não.
"Já não sei de mais nada". Um bom título que me lembrei...outro seria: "toma uma golfada do meu veneno"! LOl Já cá faltava o dramatismo de domingo à tarde e só me apetecia esplanada com minis super bock ou sofá com corpo apetecível e cheiros de humanos nús! Levei o cão à praia e bebi uma média...não há corpo para o sofá mas também não se pode ter tudo, assim como não se deve tudo saber!
Fico-me e venho-me.

domingo, 19 de abril de 2009

beijo-te

Ando nisto há tempo demais para ser apanhada de surpresa ou sequer p'ra conseguir enganar-me e pensar que isto é só medo.
Há medo, o medo incentivado por quem andou a brincar com isto e agora se sente perto de amar quando o intuito inicial era só ser capaz de voltar a sentir. Isto é o que acontece quando se passa muito tempo em conversa e se atrasa o primeiro beijo, o primeiro toque e consequentemente o primeiro orgasmo. Arrisca-se o amor.
Beijei-te. Primeiro na cara e depois no pescoço.
Um dia ofereci-te um beijo nos lábios e a partir daí passaram a voar. De mim para ti e de ti para mim. Ainda não em público mas a sós jás as língas se vão habituando à vida própria uma da outra e estão aqui estão em sintonia.
Há sempre um que beija mais num beijo do que o outro. Há sempre um beijante e um beijado?
O medo inicial deu lugar à exitação: 'quando volto a sentir esse beijo que me parece cada vez mais próximo?´Como nos tremores de terra...quanto mais tempo passo sem um mais perto estarei do próximo ou de saber que foi este o último?
Sabe a boca a tua. Nada de adereços, há muito que não beijava alguém que não fuma se alguma vez sequer o fiz! Gosto do sabor da tua boca e desta aventura em que me meti. Tens muito corpo e muita boca ainda por descobrir.
Só porque a nível social acredito que se hipervalorizou o acto de beijar...acbando por, ao inserí-lo no teatro cerimonial de cumprimento, desvalorizá-lo. Pelo contrário, o outro beijo, o dos amantes perdeu-se por aí...num qualquer desgosto amoroso, emtre um esquecimento e uma traição!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Agradecimento

Para te agradecer...
Obrigada por seres assim e me mostrares que há pessoas assim.
Agradeço-te apenas por estares em quem és. Nada mais.
Não te preocupares com os outros porque nem contigo o consegues é o ponto de separação possível e passível, de mim para ti.
Não te conhecer e apenas aceitar que me mostrem como és pelas linhas que meus olhos percorrem não é um caminho nada seguro, ao contrário do que possa parecer.
A multidão que te habita conhece a outra e é através dela (da tua) que vou re-conhecendo a minha.
Da distinção ao ponto de fuga é apenas um passo.
Dou-o.

Post Scriptum-Obrigada também a ti H.Roque.

domingo, 15 de março de 2009

inglesices!


Ele-Oi!!!
Porque estás toda de vermelho?
Eu-Olá!
"I had a bloody day..."

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Sim

Sim à calma e paz de espírito, à harmonia que se parece sentir.
Ao cansaço que me obriga a descansar e a não pensar.
À fase positiva em que me pareço achar.
Sim, sim sim! Para a vontade de continuar a trabalhar e a conhecer tudo o que falta...
Para a não presaem amr o que quer quer seja quanto mais quem quer que seja...
Sim à excelência e ao cuidado em dizer NÃO! Não quero, apeteces-me mas não te quero. E ficar bem com a resposta.
Sim ao acordar sozinha sabendo que foi assim que bem adormeci.
Sim aos sonhos que se podem e devem ter sem o peso de acordar e ter que viver sem eles...deixar-te no meio dos lençóis cada vez custa menos, é ao mundo dos sonhos que pertences e é aí que te quero cuidar.
Sim, digo sim a mim e ao meu cuidado!
Sou a árvore mais fina mas com as raízes mais fortes!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Não

Desisto.
Não sou dessas pessoas!
Estou farta de amizades coloridas.
Nunca são amigos, espero sempre que o sejam, ficou eu a amiga deles e eles nunca os meus amigos!
São sempre dias cinzentos, ora cinza claros ora cinza escuros mas nunca coloridos os que se avizinham quando há uma suposta amizade colorida.
Para mim e na minha experiência chamar-lhes-ia de Pretensas amizades futuras baseadas em paletas monocromáticas e em sexo descontínuo...
Desisto! Quero o resto todo!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Há dois...

Tem sempre que haver mais que um: coração, desejo, sentimento, vontade, cabeça, a agir...haver dois ou mais ...isso já depende de cada qual. No meu caso são dois. Há dois.
Isto parecerá infantilóide, submisso, desesperado, não sei e nem me interessa a categorização até porque este é o meu espaço, o meu saco de boxe.

"O teu mundo é como eu, gosta de saber porquês..."
Começou como os sonhos, ao longe e por entre a multidão. Detestei a tua atitude, o teu porte, a tua vontade e acima disso a tua capacidade de dar a sentir e nem pedir nada em troca. A inveja é um desejo a camuflar outros.
Sonhei contigo no mundo real e nada aconteceu.
Semeei-te na terra dos meus sonhos e não sabes como cresceu. Sem adubos ganhaste raízes.
Encontrei-te de peito aberto e foi com o coração na mão e na boca que te falei e te contei que já fazias parte de mim (oniricamente).
Começou assim e na verdade senti-me traída quando soube que partilhavas o que eu achava ser só nosso...as minhas palavras para ti.
Continuou assim: sempre que te encontrava eu estremecia e tu estremecias. Empurravas-me para cima de outrém e perguntavas-me por ele...eu tenho esta para a minha desculpa. Entreguei-me a quem não devia em jeito de meia traição meia chamada de atenção.
Foi o pior.

Houve dois...algures nesta viagem partilhámos muitos olhares, uns toques envergonhados e tanta vontade de mais. Houve dois com muita vontade.
"quase achar que o destino de enganou no caminho."

Porquê os amuos? As chatices todas? Se nunca me quiseste?
Porquê partilhares o que era só para ti? Para mostrar que nada querias guardar? Humanizaste-me demais.
"É pena quase não poder ficar"...uma princesa a ocupar um lugar vago por breves instantes, ela voltará e eu voltarei ao desemprego.

Rego-te quando me sinto murcha e votada às raízes da realidade.
Desejo-te sempre mais quando a lua está cheia, o tempo cinzento e o teu cheiro no ar...não o sei descrever mas sei identificar.
Guardo-te na minha cixa de e-mail e haverá o dia em que o teu nome voltará à caixa da entrada...
"Vamos embora daqui...para dentro de mim?"

Porque é só porque...




Sabes há quanto tempo? Tens a noção de há quanto tempo isto dura?
Sei-te capaz e de boa memória, encontro o resto e eles chamam-me pelo nome que me deram portanto...tu também o saberás.
Não dizes mais nada e o silêncio a que me/te votaste enerva(me).
Não escreves e eu dou-me imaginar o que (não)devo: que me gozas, difamas e conspurcas as minhas palavras bêbedas de sentimentos puros, com sentimentos e noções pouco próprias sobre o que será a tua definição de admiração e desejo de partilha...
És o lado do sonho, o monumento que nunca me adorará e ao lado de quem não irei despertar...nem adormecer quanto mais!
Serás tão ou mais bonito visto de cima ou de lado?
Anda, tenta por esta vez, confiar?
..."mas tu tens que agarrar para eu poder puxar"...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Lótus

Novidades e surpresas.
Crescimentos ou apenas enganos de olhares perdidos e famintos.
Não me interessa.
Estou mais capaz, sinto-me melhor, faço o quê? Ando para a frente, cresço sem pensar em reproduções, quero ser mais antes de sequer pensar em ser capaz de ser a dobrar...
Sabes onde e como me iluminas? Nem eu sei...espero!...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Cocktail hormonal


Desejo-te um cocktail Hormonal:
50 % de dopamina (o neurotransmissor que promove a sensação de prazer)
30 % de oxitocina (hormona que intensifica os instintos/comportamentos progenitores)
10 % de Jack Daniels (o melhor burbon que há) e mais 10 % de ...sei lá...sumo de maçã (símbolo do pecado) e acho que apenas passado pelo shaker para refrescar...diz que "derrete" e torna apaixonável o coração mais petrificado/congelado/frígido...sei lá...o teu!
Boa ressaca!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

...um fim...

Acabou sem ter começado mas da mesma forma que se iniciou.: junto ao mar, em quarto crescente e num quarto de um hotel.
Fui como da outra vez, de sorriso nos lábios, de coração alvoraçado, cheia de reticências e com muitos pontos de interrogação a quererem transformar-se em exclamações, vírgulas e até uns aceitáveis pontos e vírgulas. Depois de muita explicação...rumámos sem dúvida até ao ponto final.
Esmoreço na praia, sinto-me a náufraga que desistiu de ser salva e se entregou (sem forças para mais) à força e direcção da maré. Desisto de lutar pelo que não quer ser construído. Resigno-me à condição de ex.lutadora e desafiadora de destinos.
Volto de lágrimas nos olhos e cansada. De coração agastado e triste. Não estou zangada, não guardo rancores e raiva não sinto. Cheguei a pensar que sim, que era capaz de voltar atrás, agora que cheguei e desfiz o saco, agarro-me com orgulho às migalhas que não deixei, à cicatriz que (já) começa a nascer! "O orgulho às vezes é a única coisa que nos resta"-aprendo até no final.
Guardo o que sempre me fica. o cheiro, a tua pele e o teu toque, os brilhos que não aceitas dos teus olhos, quanto mais dos meus, as conversas e as gargalhadas, as partilhas e os sons
que só eu, tu e aquela família do quarto ao lado poderão algum outro dia, nalgum outro lado reconhecer!
"Cabrão..."
"Anda vá..."
"Dá-me..."
"Sentes? É bom?"
Para Suposição (futura): Maybe not today and maybe not tomorrow, but maybe one day we'll be O.K!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

MENTIRA

Guardei esta imagem porque é isto que eu acho que tu sentes...
Queria dizer-te que é mentira.
Não é por:
...teres o mesmo nome;
...teres um cão da mesma raça;
...praticares o mesmo desporto;
...ex.namoradas em comum que o meu ex (que também é teu amigo) que gosto de ti.
Desde o início que pensei assim:
...tu não te chamaste assim...chamaram-te!
...os golden retrivier só partilham da mesma beleza... não são todos iguais!
...há os surfistas ...e os que praticam o surf!
...as namoradas vão e vêm...só há uma como eu e eu não me partilho, dou-me e é por isso que gosto de ti!

From me 2 me

Não me conheço. Procuro ir-me conhecendo ao longo desta viagem em que tenho alguma consciência sobre o que é estar viva, aqui e agora. São 29 anos dos quais apenas retenho uma pequena parcela de memórias, cheiros, recordações e já algumas saudades.
Detesto mentiras, assumo que vivo em verdade para os outros; ando a ver se descubro o porquê de tal alergia que roça a fobia e quase que já descobri que passa pelos enganos que me incuto.
Portanto dou-me por presente e desafio a não existência de segredos de mim para comigo, calculo que seja uma boa ferramenta, que me poupe a alguns enganos primeiro e mentiras depois. OU ao contrário?

Verdades que incomodam


Hoje encontrei esta imagem pela rede e trouxe-a para aqui após reflexão.
Não sei se me coloco neste grupo. Definitivamente passei de um extremo (em que não admitia ajuda e nem medicação) para outro (em que me ajudo, permito que me ajudem e tomo medicação sempre que a acho necessária). Permaneço céptica em relação a toda ela, principalmente ao comprimidos que me colocam a dormir e o que me levou a guardar esta imagem foi a verdade mais inconveniente que aprendi até agora: há sempre ganhos inerentes e mais ou menos secundários em quaisquer desiquilibrios psicológicos/psiquiátricos!
As verdades incomodativas são muitas vezes disfarçadas em vitimizações como esta...prefiro pensar que a pessoa queria mesmo era ir de férias!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Hoje foi mais uma


Havia uma mancha de tinta...desfocada, sem resolução. Eu sabia o que ela tinha sido mas agora também sabia que já não era nada...nem sombra do que já fora. A provar que a história do patinho feio foi e pode continuar a ser verdade, agora há uma senhora que, apesar de ainda nao estar baptizada é linda! Nasceu assim em papel e passou para aqui como se aqui sempre tivesse pertencido. Tenho uma senhora com cabelos de medusa e olhos pestanudos, nariz e testa rectos (sem depressão como disse o tatuador), nascida de uma flor de lotus mas já "apetrechada"com um colar de perolazitas. Tenho uma senhora que foi cigana, deusa no coração de alguém e que agora não só me embeleza como me afortuna e protege.
Hoje foi mais uma. A terceira que não será a de vez, mas sim, a terceira.
Obrigada Eduardo, amei.
Assim que houver nome de baptsmo e fotografias eu mostrarei.